domingo, 2 de novembro de 2008

Entendendo o teatro pânico de Fernando Arrabal




O teatro pânico nasceu em 1960.


Um teatro obssesivo, violento, erótico, macabro, cheio de ternura e quase infantil.( confusão, humor e terror, são elementos do teatro pânico). Qualquer problema não tem uma só solução, e sim infinitas. A inteligência pânica é capaz de afirmar 2 idéias contraditórias ao mesmo tempo, pois o tempo não é ordenado, o passado o presente e o futuro, a construção e destruição, o bem e o mal o feio e o bonito, estão em eufórica mistura. um pesadelo de morte que se instaura no palco num tempo e espaço fragmentados, serve de contraponto a cena de profundo lirismo dentro de situações absurdas e infantis. As personagens estão á procura de algo, e essa procura que permite que existam e se mantenham como personagesn. os planos que se superpoem no espaço cênico instauram nele uma co-existência de tempo e espaço.
Eis uma das procuras do teatro pânico, um continente capaz de guardar posições antagônicas sem cair na negação, cancelamento e contradição. No teatro pânico existe a abertura para qualquer possibilidade artística.
O herói de Arrabal é ambíguo, tirano e escravo, é bom, é cruel, inocento e culpado,vítima ou carrasco ao mesmo tempo. vive sempre as margens de um mundo ordenado que ele não compreende. Seu espaço, a terra de ninguém, sua condição á miséria. A maior ameaça que paira sobre ele vem do mundo exterior. expressa através da repressão brutal e anônima que surpreende seus valores anti-sociais, sua liberdade. a personagem feminina é mais lúcida que o homem, realizando com isso uma imediação entre o herói e o mundo opressor.
A mulher aparece sob a tríplice aspecto de mãe-criança, prostituta, plena de instintos e intuição, é escrava e déspota. Ela é a fonte de todas as possibilidades de iniciação do homem. e toda dramatização de arrabal vem do jogo das relaçoes entre os personagens e das múltiplas combinações que seus caracteres ambíguos permitem.

2 comentários:

Fer Moreno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fer Moreno disse...

Olá Juliana,
Você pode me indicar referências bibliográficas acerca do Arrabal e do Teatro Pânico?

Abraços,
Fernanda